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Ao concluirmos uma turma do Germinar, costumamos colocar no centro da roda, além de flores, alguns objetos e presentes simbólicos, que são entregues  aos participantes, como parte da celebração pela jornada percorrida.

E na última turma que aconteceu em Campinas, antes da pandemia, a Sandra Quinteiro trouxe um carimbo com o qual marcamos os pacotinhos de presentes, com a seguinte frase: O futuro é coletivo.

Aquela frase trouxe curiosidade e reflexões entre os participantes. Quantas possibilidades naquela afirmação! e quanto sentido fazia pensarmos nisso na conclusão de um Programa como o Germinar, que para a construção de ambiente sociais saudáveis, entre outras coisas, propõe a ampliação da consciência individual, o que significa também ser capaz de ver além, ultrapassar preconceitos, privilegiar a diversidade, acolher as diferenças, exercitar a fraternidade econômica de forma que todos tenham a possibilidade de participar e usufruir do desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária.

E hoje, ao rever essa foto, agora em outra época, ainda no meio de uma pandemia, onde dolorosamente as desigualdades ficaram ainda mais evidentes, mas ao mesmo tempo, onde também tantas iniciativas dos mais diferentes segmentos da sociedade civil surgiram, alicerçados na solidariedade para mitigar o sofrimento de tantos, a expressão “o futuro é coletivo”, a meu ver, adquire ainda mais significado, ao percebermos diante dessa situação que a humanidade atravessa, o quanto tudo está profundamente interligado e o quanto somos todos interdependentes, e que só chegaremos como sociedade no lugar que imaginamos, se chegarmos todos juntos.

Que cada uma e cada um de nós possa pensar nisso, e cada vez mais sentir essa interdependência com o todo, e encontrar maneiras de agir para contribuir na construção desse futuro coletivo, se colocando no mundo de forma mais corresponsável, fraterna, solidária, inclusiva, tendo e permitindo ao outro a liberdade de Ser.

Ludmilla Milanez

Sou advogada, e atuei na minha área de formação no poder público, como Procuradora da Fundação de Cultura, e Diretora Geral de Assuntos da Justiça na Secretaria de Justiça em MS, meu Estado de origem. Em 1993 me mudei para Campinas, onde resido até hoje, me casei e tive duas filhas. Fiz uma especialização em Gestão Ambiental na UNICAMP, e passei a atuar no terceiro setor, na gestão de ONGS ligadas a questões sociais e ambientais. E justamente para me aprimorar nesse trabalho, participei do Programa Germinar em 2009. Encantei-me com tudo que pude vivenciar, com o viés humanista trazido pela Antroposofia e com os resultados obtidos através da aplicação da método. Resolvi então, continuar fazendo parte e me tornei uma facilitadora do Programa Germinar e uma das fundadoras da ComViver.